Quando morre o sonho resta a dor seca de uma porrada no estômago
Nem disse tchau e se foi assim como quem parte pra Tocantins
Tomei um pouco do resto de cerveja da geladeira
E sei lá porque tive vontade de ouvir The doors
These the end, my only friend, the end
Peguei a moto e preferi seguir a vida
E preferi parar na ponte sobre o igarapé
E preferi me jogar sobre o caminhão que vinha contra mim
Desviei
Já que a vida continua
Desviei
Talvez uma menina linda com quem possa ter um filho
Chegar em casa tarde e comer bolo de cenoura
E dormir com cafuné na cabeça
Deliciosas ilusões de felicidade ocupando minha mente
Enquanto sufoco a dor da partida
Hesito em olhar pro celular e ligar e ver mensagens de amor e ver fotos
Que se foda o celular
Ligo a moto em direção a qualquer lugar
Preciso trepar, preciso esquecer, preciso...
Bate uma brisa suave e garotos tomam banho de rio
O motor
O insuportável barulho do motor ligado
Uma borboleta brinca e suga a umidade de um monte de merda de boi
Acompanho a borboleta com o olhar e de repente me dou conta
Borboletas já foram lagartas
Merda de boi já foi pasto
Finalmente, acelero e sumo pela estrada de terra
Deixando para trás rio,
Borboleta , garotos e merda de boi
Drivers on the storm...
domingo, 16 de março de 2008
a Borboleta
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário