quarta-feira, 9 de abril de 2008

da umidade das coisas

Depois da chuva
fragmentos de saudades
um gole de vodka quente
vodka barata e quente

O computador toca Angela Rô Rô
que me deprime
Arriscaria alguns versos
se não estivesse assim

tão embriagado

Pela janela
rapazes e moças deliciosamente molhados
atravessam as ruas
sem nunca olharem para os lados

Frestas de sol
Pela janela úmida
coração úmido
sonhos úmidos

Estou sentado há colocar mistério em tudo o que vejo
pois em tudo o que toco não há nada além de umidade

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